Ajuda intervencionista no processo de escrita do aluno surdo.

Redação em sala de aula:

A “correção” chega um pouco tarde quando os alunos escrevem uma única versão e recebem uma nota atribuída pelo professor ao final. Mesmo que o professor espere que na próxima redação esses erros não apareçam mais, não é isso que acontece.

Para Chandragasegaran ( 2003) os alunos se beneficiarão mais se forem ajudados na escolha do tempo verbal correto ou na seleção do detalhe adequado no momento que necessitam de tal ajuda, ou seja, durante o processo de escrita.

A ajuda deve ser dada “em tempo oportuno” na forma de instrução explícita e procedimentos de autoverificação relacionados a uma ou mais dessas áreas: escolha de conteúdo (idéias), organização e linguagem (inclusive gramática).

As escolhas consideradas inadequadas podem, então, ser mudadas usando os procedimentos de raciocínio e tomada de decisão descritos pelo professor. Ao longo do tempo, as lições aprendidas das intervenções do professor dão aos alunos a autonomia para tomar decisões melhores e mais bem calculadas em relação ao que escrever e como escrever.

O professor intervém na produção escrita dos alunos oferendo-lhes uma assistência que lhes permitirá aprimorar o texto antes de ser apresentado para correção e avaliação.

Uma forma interessante de correção é propor que os alunos troquem os textos produzidos com um colega e que o colega corrija o texto indicando o que pensa estar errado, os alunos podem discutir sobre o que aprenderam (vocabulário e regras gramaticais) e dessa forma um ajuda o outro a aprimorar um pouco mais o texto. Nessa fase o professor também fica a disposição para sanar as dúvidas dos alunos.

Veja exemplo de correção em dupla:


Fonte: CHANDRASEGARAN, Antonia. A intervenção como recurso no processo de escrita. Coleção Portfolio Sbs13: reflexões sobre o ensino de idiomas. São Paulo: Editora SBS, 2006.

17-11-09

Desembaralhando as histórias

Essa é uma atividade de leitura baseada nos contos infantis.

Comece fazendo um pequeno resumo de duas histórias conhecidas dos alunos, como "Os Três Porquinhos" e "Chapeuzinho Vermelho". As frases devem ser simples, conforme o exemplo abaixo:

Era uma vez uma menina que morava com a mãe numa pequena casa na floresta.

Um dia, a avó da menina ficou doente e a mãe pediu que a filha fosse até a sua casa levar uma cesta de comida.

A mãe da menina pediu que ela fosse pela estrada, porque o caminho por dentro da floresta era mais curto, mas muito perigoso.

A menina, no entanto, preferiu ir pela floresta, e achou que sua mãe nunca iria descobrir que ela havia desobedecido.

Na floresta, a menina encontrou um lobo.

O lobo conseguiu conversar com a menina e descobrir onde ela ia.

Pegando um atalho, o lobo chegou antes da menina na casa de sua avó.

O lobo comeu a velhinha, vestiu sua camisola e deitou-se na sua cama à espera da menina.
Quando a menina chegou à casa da avó, estranhou a aparência da criatura que estava deitada na cama.

Quando a menina se aproximou para descobrir por que os olhos, as orelhas e o nariz da avó estavam tão grandes, o lobo a engoliu também.

Um caçador que passava ouviu os gritos, entrou na casa e matou o lobo.

O caçador abriu a barriga do lobo e de lá tirou, ainda vivas, a avó e a menina.

A segunda história pode ser contada da mesma maneira, com até 12 frases.

Para elaborar o material para os alunos, as frases das duas histórias devem ser reescritas numa mesma folha, em ordem aleatória, antecedidas por dois parênteses, conforme o exemplo abaixo:

( ) ( ) Quando a menina se aproximou para descobrir por que os olhos, as orelhas e o nariz da avó estavam tão grandes, o lobo a engoliu também.

( ) ( ) O lobo soprou e soprou, e derrubou a casa de palha.

Nos parênteses que aparecem primeiro, os alunos irão simplesmente dizer a que história a frase pertence. Por exemplo, "CV" para Chapeuzinho Vermelho e "TP" para "Os Três Porquinhos". Nos parênteses ao lado, os alunos irão ordenar as histórias de acordo com a sua seqüência correta.
Como atividade complementar, os alunos poderão fazer uma releitura de uma das histórias, seja criando um novo final, adicionando novos e inusitados personagens, ou adaptando o enredo para os tempos atuais.
































O material em E.V.A. é produção da professora de Educação Infantil Crisa Gama.
Fonte: http://bycrisa.blogspot.com/2009/02/chapeuzinho-vermelho-e-tres-porquinhos.html

Leitura de texto - em tiras

Essa é uma atividade diferente de interpretação de textos.

1. Escolha um texto compatível com o assunto que está trabalhando com os alunos. Digite esse texto numerando-o a cada duas linhas. Ou seja: numere apenas as frases ímpares, assim:



2. Faça uma cópia do texto para cada grupo de dois ou três alunos. Aí vem a parte mais trabalhosa: corte as frases em tiras e coloque-as em envelopes.

3. Em aula, distribua os envelopes entre os grupos. A tarefa dos grupos será organizar o texto, usando as frases anteriores e posteriores para achar o fragmento que melhor se enquadra em cada linha intermediária. Para fazer isso, será necessário que os alunos compreendam o significado de todas as linhas e extabeleçam nexos, que é justamente o objetivo da atividade.

4. Se você preferir, diferentes grupos poderão trabalhar com diferentes textos, e ao final do trabalho cada grupo poderá compatilhar com seus colegas o que aprenderam com a leitura. Isso, é claro, representará mais trabalho para o professor, mas com certeza enriquecerá o trabalho.

Fonte do texto: Livro de história - 4a série. Projeto Pitangua. traduzido para a LIBRAS pela editora Arara Azul.

Lançamento de Livro



Uma escola duas línguasletramento em língua portuguesa e língua de sinais nas etapas iniciais de escolarização
Ana Claudia B. Lodi e Cristina B. F. de Lacerda (Orgs.)


Existem poucos estudos no Brasil e no cenário mundial, tanto no que diz respeito ao papel dos intérpretes de maneira ampla, quanto sobre experiências de educação bilíngue em escolas de ensino regular. O acesso e o contato com essa língua na escola podem favorecer o desenvolvimento e a aquisição de novos conhecimentos de forma ampla e adequada pelo aluno surdo principalmente nas etapas iniciais de escolarização. A importância dessa publicação é a de fundamentar, relatar e debater experiências de uma educação bilíngue em escolas do país, contribuindo para que gestores e professores construam uma escola inclusiva que valorize e respeite as singularidades do processo de letramento das crianças surdas.
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