Pesquisas sobre ensino-aprendizagem de português como L2


Olá, pessoal.

Esta pesquisa bibliográfica buscou publicações científicas (teses/dissertações) relacionadas ao ensino/aprendizagem do português como segunda língua ou língua estrangeira. Teve como foco os trabalhos que se dedicaram a estudar algum aspecto da aplicação da abordagem comunicativa no ensino de português como L2.

Pesquisas:

FONTÃO, E. M. P. Repensando o conceito de competência comunicativa no “aquecimento” da aula de português-língua estrangeira: uma perspectiva estratégica. Dissertação de Mestrado defendida na Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 1993.

ROTTAVA, L. O uso de estratégias de comunicação na aquisição do portuguÊs como segunda língua. Dissertação de Mestrado defendida na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 1995.

SANTOS, E.M.O. Abordagem comunicativa intercultural (ACIN): uma proposta para ensinar e aprender língua no diálogo de culturas. Tese de Doutorado defendida na Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2004.

SOUZA, L.C. Um olhar comunicativo sobre atividade de leitura em materiais didáticos de português como segunda língua. Dissertação de Mestrado defendida na Universidade Federal Fluminense. Niterói, 2003.

SOUZA, M.V. A arquitetura de um material didático: avaliando um dos pilares de um curso de português como LE. Dissertação de Mestrado defendida na Universidade Nacional de Brasília. Brasília, 2003.

STERNFELD, L. Aprender português língua-estrangeira em ambiente de estudos sobre o Brasil: a produção de um material. Dissertação de Mestrado defendida na Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 1996.

VINECKY, V. Tarefas comunicativas no ensino de português como outra língua. Dissertação de Mestrado defendida na Universidade Nacional de Brasília. Brasília, 2003.

Você pode fazer a leitura completa do material a partir das bibliotecas virtuais e bases de dados das universidades onde foram produzidas.

Fonte: http://www.unicamp.br/~matilde/pesqbiblio2007.html#tese

Redação de instruções em materiais didáticos


Eu e o grupo de professores de português do IST estávamos discutindo a questão das instruções para realização de atividades em sala de aula e enuncidos de exercícios para as avaliações.

Bom, em aulas de inglês como segunda língua, o professor oferece todas as instruções da atividade em inglês (língua alvo), o aluno tem o material escrito com as instruções formuladas de outra maneira e o professor, geralmente recorre ao modelo, ou seja, além de dar as instruções na língua alvo ele elege um aluno para junto com esse aluno mostrar a todos como devem desenvolver a atividade proposta, tudo isso usando o inglês (língua alvo). Comparando ao que o professor de português como segunda língua para surdos faz, chegamos a conclusão que geralmente o professor proporciona o material didático com a instrução escrita em português, mas isso é pouco explorado, visto que o professor logo explica em Libras (primeira língua do aluno) como devem fazer a atividade. Será que dessa forma tiramos do aluno a oportunidade de exercitar o uso do português?

Mas, argumentamos se assim não o fizermos os alunos não saberão o que devem fazer na atividade. Será que não sabem ler uma instrução (enunciado) porque isso não foi trabalho sistematicamente?

Não conhecem quais são as palavras de instruções, os conectivos que expressões de orientação para execução de uma tarefa?

Consideramos que para solicitarmos que os alunos leiam os enunciados e a partir deles consigam desenvolver as atividades propostas de forma autônoma se faz necessário uma reformulação desses enunciados.

Tomlinsion & Masuhara (2005, p.50) desenvolveram alguns critérios para a elaboração de enunciados, como: proeminência, simplicidade, referência óbvia, especificação, padronização, seqüenciamento e separação.

Vejam um bom exemplo de enunciado, apontado pelos autores:
1- Sente-se com um colega.
2- Volte a passagem chamada “sem saída” do texto.
3- Sublinhe cada idéia defendida pelo autor.
4- Para cada idéia, decida se você concorda com o escritor.

Dicas:

Enunciado de instruções das atividades ou de questões da avaliação:

- As instruções devem estar organizadas em sequência lógica;
- Cada pergunta deve buscar uma informação específica;
- As ilustrações devem contribuir com a compreensão do contexto e não serem apenas decorativas;
- O design e Layout devem atrair a atenção, separar as seções e apresentar uma seqüência natural.

Fonte: TOMLINSON, Brian e MASUHARA, Hitomi. A elaboração de materiais para cursos de idioma. São Paulo: SBS, 2005.

Lançamento do Livro "Surdos e Inclusão Educacional"




Olá, pessoal.

Aconteceu na Reatech (Feira de Reabilitação, inclusão e acessibilidade) no dia 17 de abril de 2010 em São Paulo o lançamento do livro “Surdos e inclusão educacional” de minha autoria pela Editora Arara Azul.

Tem um capítulo especial para você que é professor de português para surdos.

A partir do entendimento que o português é uma segunda língua para surdos, compartilhamos algumas estratégias construídas ao longo de nossa experiência como educadora. São atividades práticas que podem de alguma maneira contribuir com seu trabalho:

1) Círculo das letras (jogo);
2) Baralho de letras (jogo);
3) Como eu me sinto? Baralho dos sentimentos;
4) Roda da sorte;
5) Olho caro!;
E muito mais...

Ele já está disponível para compra no site da Editora Arara Azul.

Espero que este material contribua com o trabalho dos professores que lutam por uma educação de qualidade para os alunos surdos.

Um forte abraço,

Neiva de Aquino Albres

Livro "Português ... eu quero ler e escrever" para surdos


O livro Português ... eu quero ler e escrever é resultado de um trabalho de investigação acerca da complexa situação lingüística e educacional do aluno surdo, reconhecido hoje como cidadão pertencente a uma minoria lingüística usuária de Libras, garantido pelas diretrizes educacionais do MEC que a escola proporcione o ensino do português como uma segunda língua.


A fundamentação na abordagem comunicativa de ensino de línguas foi essencial para a criação do programa do curso de português para surdos, das atividades de cada lição do livro básico de português como L2 para surdos e da conexão que o livro tem com a realidade de uso da língua vivenciada pelos alunos com surdez.

O que é avaliação de materiais?



O que é avaliação de materiais?

A avaliação de materiais envolve a medição do valor (ou valor potencial) de um conjunto de materiais de aprendizado por meio de julgamento sobre o efeito que eles produzem nas pessoas que os utilizam. Procura medir, por exemplo:

- a atração que os materiais exercem nos alunos (os materiais são interessantes?);

- a validade dos materiais (vale a pena ensinar o que esse material está propondo?);

- a capacidade de os materiais interessarem os alunos e os professores;

- a capacidade que os materiais tem de motivar os alunos (estimular os alunos a querer dedicar tempo e energia a esses materiais);

- o valor de aprendizado potencial que os materiais oferecem;

- a assistência dada aos professores em termos de preparação, apresentação e avaliação;

- a flexibilidade dos materiais (até que ponto é fácil para o professor adaptar os materiais para atender a um contexto partículas?).

Fonte: Tomlinsion & Masuhara (2005, p.1)

Grupo de estudo - IST

Olá, leitores do blog.

Este ano de 2010 começou com a continuidade do grupo de estudo e novas leituras para nos ajudar a refletir sobre a complexa tarefa de ensinar português aos surdos.



Começamos esse ano com "A elaboração de materiais para cursos de idiomas". Estamos interessados nas dicas de adaptação de materiais e criação de atividades.

Logo...logo postarei algumas dessas dicas no blog. Aguardem!
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